ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO CANDEIA

Início: Abril/2007
Término: Junho/2011
Localização: Núcleo Gasparini
Área: 6.683,14 m²
Interceptores: 2.685,00 metros
Córregos: Monte Belo (afluente do Pau D'alho) e Pau D'alho (afluente do Ribeirão Água Parada). Depois de tratado o lançamento será feito no Córrego Pau D'alho
Sistema completo: câmara de entrada, gradeamento grosseiro e fino, calha Parshall e medidor de vazão, Estação Elevatória de Esgoto, desarenador, caixa de secagem da areia de fundo do desarenador, UASB, Biofiltro aerado submerso, decantador secundário, sistema de desinfecção, câmara de contato e escada de aeração
Vazão de Projeto: 78,00 L/s (litros por segundo)
Bairros: Núcleos Gasparini e Índia Vanuire, Pousada da Esperança I e II, Jd. Helena, Vila São Paulo, Nova Bauru e Vitória Régia
Esgoto tratado: 10% do município
População: até 50.000 habitantes
Investimento: R$ 3.202.025,09
* Decreto Legislativo nº 1419, de 22/11/2011

A Estação de Tratamento de Esgoto recebeu o nome Candeia, por ser esta uma espécie de árvore nativa da bacia do Rio Batalha, justificando a implantação da ETE às margens dos córregos Pau D'alho e Monte Belo, afluentes do córrego Água Parada. Posteriormente recebe o nome pela Câmara Municipal de Bauru de “Arlindo Marques Figueiredo”.

A ETE Candeia foi projetada para atender uma população inicial de 30.000 habitantes e capacidade final para 50.000 habitantes, com vazão inicial de 60 a 100 litros por segundo (L/s), atendendo os Núcleos Edson Bastos Gasparini, Índia Vanuire, Residencial Nova Bauru, Vitória Régia, Pousada da Esperança I e II, Vila São Paulo e Jardim Helena, o que significa quase 4,0% dos esgotos tratados de Bauru.

A estação foi construída pela empresa Sanevix e o custo total da estação foi de R$ 3.202.025,09 considerando obra e pré-operação.

O processo de tratamento de esgoto completo contempla:

Tratamento Preliminar

Gradeamentos grosseiro que removem os sólidos grosseiros, cujas dimensões maiores como panos, pedras, madeira etc. e pelas grades finas que retém material de menor diâmetro.

Os resíduos sólidos retirados dos gradeamentos são dispostos em lixo orgânico comum.

Medição de Vazão por Calha Parshall e medidor ultrassônico: média da estação hoje é de 40 litros por segundos (L/s).

Estação Elevatória de Esgoto Bruto: Do ponto de vista técnico e econômico toda vez que não seja possível o escoamento dos esgotos pela ação da gravidade é necessário o uso de elevatórias para recalcar o esgoto de um ponto para outro com cota mais elevada.

Na estação a elevatória tem duas bombas de recalque que de acordo com a vazão do momento estas recalcam o esgoto até a caixa desarenadora.

Caixa desarenadora ou caixa de areia: remove através de sedimentação os sólidos mais densos que a água, e que se depositam por ação da gravidade e não mais se levantam pela ação das correntes. A areia do desarenador, após secagem em leito, são acondicionadas em caçambas e destinadas ao aterro sanitário.

O DAE tem CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) expedido pela CETESB para a correta disposição da areia.

Tratamento Primário

Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA), em inglês UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blancket Reactors).

Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA): O princípio fundamental do processo é a formação de uma biomassa anaeróbia com alta atividade microbiológica, permitindo alto rendimento nos processos de estabilização, considerando os limites para as reações anaeróbias, e um tempo de detenção hidráulica relativamente curto. No reator anaeróbio de fluxo ascendente, o esgoto bruto entra pelas tubulações debaixo, passando através de um leito de lodo denso e de elevada atividade. O perfil de sólidos no reator varia de muito denso e com partículas granulares de elevada capacidade de sedimentação, próximas ao fundo, até um lodo mais disperso e leve, próximo ao topo do reator. A estabilização da matéria orgânica ocorre em todas as zonas de reação (leito ou manta de lodo), sendo a mistura do sistema promovida pelo fluxo ascensional de líquido e das bolhas de gás (biogás). O efluente tratado é captado pela parte sobrenadante, localizado na parte superior do reator e um dispositivo de separação de gases e sólidos, evita qque o fluxo ascendente dos gases que se formam nos processos de estabilização carreguem as partículas que se desgarram da manta de lodo, permitindo que estas retornem à câmara de digestão, ao invés de serem arrastados para fora do sistema. O biogás é coletado nas câmaras de gás, canalizado e queimado. O reator UASB muitas vezes deve receber o excesso de lodo do sistema de pós (Filtro biológico) e esse lodo gerado deve ser retirado do reator pelo fundo do tanque de forma equilibrada para não comprometer a manta biológica.

Tratamento Secundário

Filtro Biológico Submerso Aerado (BF) e Decantador Secundário (DS).

Filtro Biológico Submerso Aerado (BF): O Filtro biológico aeróbio é um reator constituído de um tanque com injeção de ar através de sopradores, com discos de membranas fixos no fundo e com enchimento de meio suporte inerte (mídia plástica, bioring, placas de pet etc.) completamente submerso, onde os microrganismos ficam aderidos para oxidarem a matéria orgânica. O fluxo do efluente é ascendente e o efluente tratado é captado pela parte sobrenadante, localizado na parte superior do filtro. O lodo excedente é retirado pelo fundo, através de descargas periódicas, sendo recirculado no sistema ao processo primário.

Decantador Secundário (DS): No Decantador Secundário o fluxo é ascendente, o sólido restante no efluente fica retido em lamelas tipo colméias e a parte líquida que já está sem 90% das impurezas. É feita descargas periódicas de fundo para retirada do excesso de lodo e material sólido.

Desinfecção: a desinfecção do esgoto é feita com hipoclorito de sódio, que fica meia hora na câmara de contato por chicanas para proporcionar a eliminação dos coliformes e posteriormente é lançado na escada de aeração.

Tratamento da fase sólida: A desidratação do lodo biológico retirado do reator UASB, é feita através do equipamento chamado de centrífuga e com adição de polímero catiônico, o lodo é desaguado, retirando 20% da água e acondicionado em caçambas para disposição final em Aterro sanitário.

O lodo biológico da ETE Candeia é classificado como Resíduo Classe II-A (não perigoso e não inerte pela Norma Técnica NBR 10.004/2004 Classificação dos Resíduos Sólidos.

O DAE tem CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) expedido pela CETESB para a correta disposição do lodo biológico.

O lançamento dos efluentes tratados da ETE Candeia são lançados no córrego Pau D’Alho, afluente do Ribeirão Água Parada, considerado Classe II, seguindo a CONAMA 430/2011 e o Decreto Estadual nº 8.468/76.


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LOCALIZAÇÃO

endereço:
Núcleo Gasparini