Considerando grande número de ocorrências de violações e fraudes na micromedição em nosso sistema de distribuição criamos um plano de ação visando inibir esse crime.
Com o intuito conscientizar a população sobre essa ação criminosa alertando para os problemas e prejuízos ambientais pela prática ilegal lançamos um informativo e em breve uma campanha, além das ações de fiscalização diárias do DAE.
As denúncias poderão ser feitas através do serviço de teleatendimento 24 hrs 0800-7710195 (ligações por celular (14) 3235-6140 e (14) 3235-6179), através do e-mail 0800@daebauru.sp.gov.br. Contamos ainda com o seguinte formulário à disposição no site do DAE www.daebauru.sp.gov.br
O DAE conta com uma Seção de Fiscalização responsável pela análise de processos e situações com suspeita de fraude no sistema de distribuição. Operação essa que ocorre em parceria com outras divisões do departamento que fornece base de dados para a geração de ordem de serviços.
São realizadas fiscalizações a partir de denuncias e levantamentos através análises de consumo.
Crime contra a própria população!
Seguem alguns exemplos:
• “gato” causando vazamento no Jd. Bela vista e área de assentamento sem teto na região do Jd. Marabá
• hidrômetros fraudados
A gestão da micromedição e a redução das perdas de faturamento é um dos principais desafios das empresas de saneamento.
Micromedição é a medição do consumo realizada no ponto de abastecimento de um determinado usuário, independentemente de sua categoria ou faixa de consumo. Basicamente, a micromedição compreende a medição períodica do volume consumo por meio de hidrômetros. Os hidrômetros para micromedição são classificados conforme a classe de precisão.
O sistema de micromedição apresenta os seguintes fatores indutores de perdas não física:
• Perdas inerentes do sistema (ou incompressíveis);
• Hidrômetros inclinados;
• Hidrômetros com problemas diversos (fraudes...);
• Hidrômetros mal dimensionados.
As perdas perdas inerentes ao sistema não podem ser eliminadas e, por isso, denominam-se incompressíveis. A existência de reservatório domiciliar (caixa d'água) e boia para controle de nível de água nas residências faz com que ocorra submedição, principalmente na fase final de enchimento, quando a vazão situa-se aquém da vazão de transição do medidor. Além desse fato, o próprio hidrômetro, mesmo que bem dimensionado e calibrado apresentará na maioria dos casos um percentual de erro, proporcionando uma medição menor do que os volumes efetivamente fornecidos.
A instalação do hidrômetro com inclinação superior a 15° em relação ao seu próprio eixo faz com que ocorra submedição dos volumes.
A submedição devida à inclinação dos hidrômetros é variável com grau de inclinação dos mesmos, podendo chegar a 50%. Em termos médios, experiências mostram um incremento de 20% entre os volumes micromedidos antes e depois da correção da inclinação.
Muitos erros de medição são provocados por problemas nos medidores parados, com a cúpula riscada ou opaca (o que induz a erros de leitura) e hidrômetros com o tempo de instalação acima do recomendado e fraudes, acarretando submedições, medição abaixo do consumido.
Contudo, salientam-se as perdas não físicas representadas pela submedição de hidrômetros mal dimensionados para as vazões fornecidas, em especial aqueles com capacidade superior aos volumes medidos, que já na sua instalação apresentam um custo adicional desnecessário e, durante sua vida operacional, por seu superdimensionamento, induzirão a perdas de faturamento.
O diagnóstico avaliou também as condições de instalação dos hidrômetros, que deve seguir as recomendações do fabricante do equipamento, e ainda, a compatibilidade da classe de vazão dos hidrômetros com o padrão de consumo que estão atendendo.
Projeto piloto que integra ações do Plano Diretor de Água (PDA) e que tem como objetivo diminuir o índice de perdas na medição de volume consumido e faturado, chamada de perda aparente.
O projeto consiste na troca dos dispositivos de micromedição pelo DAE, após aferição das aquisições, de uma área na qual o parque de hidrômetros estão com idade avançada de uso (grande parte entre 11 e 20 anos) e provavelmente não apresentam eficiência na micromedição. Atualmente o consumo micromedido atinge 23.208m³ anuais e contém aprox. 22.187m de rede de distribuição.
Além da perda na receita com impacto em investimentos na área, os hidrômetros antigos afetam toda a distribuição na região e está diretamente ligada a utilização, conservação, recuperação e proteção dos recursos hídricos local.
O projeto foi realizado nos bairros Núcleo Gasparini, Vanuire e Jd. Helena, localizados na zona Leste de Bauru.
O Projeto Gasparini foi o piloto do plano de ação no quesito de hidrômetro com idade excedida. Consistiu na troca dos dispositivos de micromedição pelo DAE através do Serviço de Hidrômetria, após aferição das aquisições, de uma área na qual o parque de hidrômetros estão com idade avançada de uso e provavelmente não apresentam eficiência na micromedição.
Segue abaixo a área do projeto-piloto onde constatamos aprox. 15% em submedição: