O aproveitamento das águas subterrâneas tem aumentado muito nos últimos 20 anos, em virtude da demanda e em função da degradação da qualidade das águas superficiais (SILVA, R.B.G, 2003).
Assim como a distribuição das águas superficiais é muito variável, a distribuição das águas subterrâneas também é, uma vez que elas se inter-relacionam no ciclo hidrológico e dependem das condições climatológicas. Entretanto, as águas subterrâneas (10.360.230 km3) são aproximadamente 100 vezes mais abundantes que as águas superficiais dos rios e lagos (92.168 km3).
No Brasil, as reservas de água subterrânea são estimadas em 112.000 km3 (112 trilhões de m3) e a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de 2.400 km3/ano (SANEAS, 2008, citado em REBOUÇAS, 1988, citado em MMA, 2003).
Segundo Leal (1999, citado por SANEAS, 2008), a exploração de água subterrânea está condicionada a fatores quantitativos, qualitativos e econômicos.
A composição química da água subterrânea é o resultado combinado da composição da água que adentra o solo e da evolução química influenciada diretamente pelas litologias atravessadas, sendo que o teor de substâncias dissolvidas nas águas subterrâneas vai aumentando à medida que prossegue no seu movimento (SANEAS, 2008).
O manancial subterrâneo acha-se relativamente melhor protegido dos agentes de contaminação que afetam rapidamente a qualidade das águas dos rios, na medida em que ocorre sob uma zona não saturada (aquífero livre), ou está protegido por uma camada relativamente pouco permeável (aquífero confinado) (REBOUÇAS, 1996, citado por SANEAS, 2008). Mesmo assim está sujeito a impactos ambientais como contaminação, superexplotação ou superexploração de aquíferos.